quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


Nunca sabemos como é uma dor até sentirmos, como outras coisas na vida, saudades, amor, zelo, confiança,…
Eu e meu irmão nos criamos com muitas travessuras, cumplicidade (principalmente quando fazíamos arte tipo “não conta pra mãe o que eu fiz que eu não conto o que tu fez” ), sofremos muito também, quando perdemos nosso pai vítima de um câncer e em seguida fomos afastados por circunstâncias da vida.
Mas afastados de corpos e sempre que possível nos encontrávamos.
Embora mais velho eu que sempre fui seu porto seguro, talvez como mãe esse era meu sentimento, hoje descobri que era ele o MEU porto seguro, por ele vivia, por ele lutava e sempre lutava contra injustiças o que infelizmente hoje sem a sua presença, tenho que seguir lutando.
Com ele aprendi muito, aprendi que o amor é incondicional, aprendi que levamos apenas o que somos, não o que temos, que devemos ser humildes, mas devemos também saber se impor e principalmente que nada deve ser em vão.
Existiu um momento de nossas vidas que sempre relato, em um daqueles dias que nos sentimos menos que uma formiguinha, liguei pra ele muito triste, com voz trêmula, eu estava na minha casa em Santa Maria e ele na sua em Itaqui, depois de me ouvir um pouco apenas me disse “ daqui a pouco estou aí”, como de fato aconteceu, chegou de madrugada, me abraçou, conversou, comeu (claro, rsrsrs…) e dormiu, no outro dia acordou e me disse que voltaria pra casa, que tinha vindo apenas pra dizer que me amava e que eu podia contar com ele.
Hoje quero demonstrar o mesmo, como já demonstrei pra ele em vida.
Meu maninho querido, conta comigo sempre e aguardo ansiosa pelo nosso encontro.
Te amo muito.

Zéinha

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